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segunda-feira, 11 de julho de 2016

Capitalismo x Socialismo

O capitalismo e o socialismo representam dois tipos de sistema político-econômico bastante diferentes, afinal, são contrários. Até a última década do século XX, estes dois sistemas eram perfeitamente representados pela antiga União Soviética, como um país socialista, e os Estados Unidos da América, como símbolo dos países capitalistas. O mundo era dividido pelas duas ideologias e os demais países precisavam se posicionar perante esta dualidade.

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
A Segunda Guerra Mundial foi um conflito bélico que ocorreu na primeira metade do século XX, envolveu mais de setenta nações, opondo os Aliados (Inglaterra, URSS, França e Estados Unidos) às Potências do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). A guerra teve início em 1 de setembro de 1939 com a invasão da Polônia pela Alemanha e as subsequentes declarações de guerra da França e da Grã-Bretanha, estendendo-se até 2 de setembro de 1945.

Esta guerra mobilizou mais de 100 milhões de militares, e acarretou a morte de, aproximadamente, setenta milhões de pessoas (aproximadamente 2% da população
 mundial da época), a maior parte foram civis. É considerado o maior e mais sangrento conflito de toda a história da humanidade.
A guerra terminou com a rendição das nações do Eixo, seguindo-se a criação da ONU
(Organização das Nações Unidas), o início da Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética (que saíram do conflito como superpotências mundiais) e a aceleração do processo de descolonização da Ásia e da África.

GUERRA FRIA

A Guerra Fria, que teve seu início logo após a Segunda Guerra Mundial (1945) é a designação atribuída ao período histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados Unidos e a União Soviética, disputando a hegemonia política, econômica e militar no mundo. A União Soviética buscava implantar o socialismo em outros países para que pudessem expandir a igualdade social, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Enquanto os Estados Unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada. 


Em 1949, como consequência da bipolarização, os países da Europa alinharam-se em dois blocos: a Europa Ocidental capitalista, sob a influencia dos EUA, e a Europa Oriental socialista, sob a influência da URSS e em 1961 foi construído o muro de Berlim. 





Por serem superpotências econômicas e militares, EUA e URSS influenciavam outras nações, que a eles se aliaram na formação dos dois grandes blocos que polarizaram a economia e a sociedade do pós - segunda guerra. Essa situação perdurou até a década de 1990.

A falta de democracia, o atraso econômico e a crise nas repúblicas soviéticas acabaram por acelerar a crise do socialismo no final da década de 1980. No começo da década de 1990, o então presidente da União Soviética, Mikhail Gorbachev, começou a acelerar o fim do socialismo naquele país e nos aliados. Com reformas econômicas, acordos com os EUA e mudanças políticas, o sistema foi se enfraquecendo. Era o fim de um período de embates políticos, ideológicos e militares. O capitalismo vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos países socialistas. Assim, os governos comunistas caíram, e o comando da URSS extinto.


Em 9 de novembro de 1989, com a crise do sistema socialista no leste da Europa e o fim deste sistema na Alemanha Oriental, ocorreu a queda do muro. Cidadãos da Alemanha foram para as ruas comemorar o momento histórico e ajudaram a derrubar o muro. O ato simbólico representou também o fim da Guerra Fria e o primeiro passo no processo de reintegração da Alemanha. 


Com a queda da União Soviética, o socialismo perdeu um pouco da sua força, embora ainda seja a filosofia dominante em países como Cuba e China.

Capitalismo

O que é? 

O capitalismo é um sistema econômico onde o meio de produção, distribuição, decisões sobre oferta, demanda, preço e investimentos são em grande parte ou totalmente de propriedade privada, com fins lucrativos. Neste sistema, o controle de todas as ações é feito pelo mercado. O principal objetivo do sistema capitalista é acumular o capital, ou seja, o dinheiro.


Como surgiu?
O capitalismo tem seu início na Europa. Suas características aparecem desde a Baixa Idade Média (do século XI ao XV) com a transferência do centro da vida econômica social e política dos feudos, para a cidade. Após a migração do povo rural para as cidades, manifestou-se o desejo recíproco de unir, pelo matrimônio, as famílias burguesas e as da nobreza – classe burguesa. Esta nova classe social buscava o lucro através de atividades comerciais. 


Ponto de vista social:


Do ponto de vista social, a sociedade capitalista é dividida em classes. Há a classe
 dominante, chamada de elite e a classe trabalhadora. A classe dominante, a elite, detém os meios de produção e a acumulação de capital. Por consequência, é esta classe que determinam quais são as regras do mercado. A classe trabalhadora não tem acesso aos meios de produção. Sua função é produzir os bens pelos quais a classe dominante obtém lucro. Seus salários e demais condições são definidos pelas leis de mercado.

As três fases:

1ª fase: Capitalismo Comercial ou Pré-Capitalismo


Essa fase estende-se do século XVI ao XVIII, iniciando-se com as Grandes Navegações e Expansões Marítimas Europeias. O acúmulo de riqueza era gerado através do comércio de especiarias e matérias-primas não encontradas em solo europeu.

2ª fase: Capitalismo Industrial


Inicia-se com a Revolução Industrial. O acúmulo de riqueza provinha do comércio de produtos industrializados das fábricas europeias.

3ª fase: Capitalismo Monopolista - Financeiro


Iniciada no século XX (após término da Segunda Guerra Mundial) e estendendo-se até os dias de hoje. Uma das consequências mais importantes do crescimento acelerado da economia Capitalista foi brutal processo de centralização dos capitais. Várias empresas surgiram e cresceram rapidamente: indústrias, bancos, corretoras de valores, casas comerciais, entre outros.





Grandes nomes do capitalismo:
Werner Sombart, Friedrich Hayek, Adam Smith, Karl Polanyi, entre outros.


Socialismo 

O que é?

O socialismo é um sistema político e econômico que surgiu como uma oposição ao sistema capitalista. Seu marco inicial é “O Manifesto Comunista", escrito por Karl Marx e Friedrich Engels. No sistema socialista, o controle de todas as ações econômicas é realizado pelo Estado. Desta maneira, o Estado é a entidade que detém os meios de produção, como indústrias, fazendas e bancos.

Como surgiu? 

O socialismo surgiu no século XVIII como forma de repensar o sistema vigente, neste caso, o capitalismo. Para tanto, o primeiro estudioso a utilizar o termo socialismo foi Henri de Saint Simon (1760-1825), filósofo e economista francês. Ele propôs a criação de um novo regime político-econômico, no qual os homens repartissem os mesmos interesses e recebessem adequadamente pelo seu trabalho. Tudo isso, pautado no progresso industrial e científico.


Ponto de vista social:

Neste sistema, não há classes sociais. Isto ocorre porque, se todos são proprietários dos meios de produção, então não haverá uma classe dominante que possa sobressair-se sobre outra classe. O socialismo entende que a única classe existente é o proletariado, ou seja, a classe dos trabalhadores.

Tipos de socialismo:



Socialismo Utópico: O socialismo utópico, desenvolvido no século XIX, é fundamentado na mudança da consciência dos indivíduos das classes dominantes. Isto acontece por meio de um modelo idealizador e, por isso leva o nome de “utópico”. Um dos grandes estudiosos desta corrente foi o filósofo e economista francês Claude-Henri de Rouvroy, mais conhecido por Conde de Saint-Simon (1760-1825).      

Socialismo Científico: O socialismo científico ou marxismo foi um sistema no qual o método estava pautado na análise crítica e científica do capitalismo. Diferentemente do Socialismo Utópico, essa corrente teórica não buscava uma sociedade ideal. Seus teóricos se baseavam numa análise histórica e filosófica da sociedade, daí o termo “científico”. Os principais ideais do socialismo científico foram apresentados no "Manifesto Comunista", publicado em 1848, por Marx e Engels. Na obra "O Capital" (1867), Marx apresentou de forma concreta os principais fundamentos do marxismo. Seu objetivo principal era a substituição do capitalismo pelo comunismo, através de um processo revolucionário proletário.

Grandes nomes do socialismo:

Karl Marx, Friedrich Engels, Saint-Simon, Charles Fourier, Robert Owen, entre outros.



(+) Comunismo


Definição (o que é)

O comunismo pode ser definido como uma doutrina ou ideologia (propostas sociais, políticas e econômicas) que visa a criação de uma sociedade sem classes sociais. De acordo com esta ideologia, os meios de produção (fábricas, fazendas, minas, etc) deixariam de ser privados, tornando-se públicos. No campo político, a ideologia comunista defende a ausência do Estado.

"O Capital" de Karl Marx
As ideias do sistema comunista estão presentes na obra "O Capital" de Karl Marx. Nesta, o filósofo alemão propõe a tomada de poder pelos proletários (operários das fábricas) e a adoção de uma economia de forma planejada para acabar com as desigualdades sociais, suprindo, desta forma, todas as necessidades das pessoas. Outra obra importante, que apresenta esta ideologia, é "O Manifesto do Partido Comunista" de Marx e Engels.

Mas afinal, qual é a diferença entre socialismo e comunismo?

Numa explicação bem resumida, daria para dizer que, segundo a teoria marxista, o socialismo é uma etapa para se chegar ao comunismo. Este, por sua vez, seria um sistema de organização da sociedade que substituiria o capitalismo, implicando o desaparecimento das classes sociais e do próprio Estado. "No socialismo, a sociedade controlaria a produção e a distribuição dos bens em sistema de igualdade e cooperação. Esse processo culminaria no comunismo, no qual todos os trabalhadores seriam os proprietários de seu trabalho e dos bens de produção", diz a historiadora Cristina Meneguello, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).





Por: Ana Clara Dias, Daniele Melo, Mariana Neves, Pedro Clain, Stephanie Ferro e Stephanie Sousa.

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