De acordo com as pesquisas realizadas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), publicado na ultima quinta-feira (7), o Brasil teve o pior índice de criação de empregos em comparação a outros 43 países, em razão da crise econômica que o país vem sofrendo.
Os problemas financeiros do Brasil não são necessariamente novos, o país é vítima do aumento do desemprego com taxas consideravelmente altas desde 2011, o caso se agrava cada vez mais a cada ano que se passa segundo os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Contrapondo-se desta forma aos resultados de 2010, sendo o ano com menor índice de desemprego em 8 anos.

O índice de desemprego fica estacionado em 11,2% no trimestre. O Brasil deve registrar um saldo negativo de empregos de 1,6% este ano, ou seja, o número de contratações é inferior ao número de demissões, enquanto os outros países tem uma previsão de 1,5% de crescimento, segundo a OCDE.
ocupada subiu 40,3% (mais 3,3 milhões de pessoas) em comparação ao mesmo trimestre de 2015 e cresceu 10,3% (aproximadamente 1,1 milhão pessoas)em relação ao trimestre de dezembro de 2015 até fevereiro deste ano.
Nos resultados da pesquisa, apenas quatro outros países, com exceção do Brasil, terão saldo negativo de empregos, com quedas bem menores, que vão de apenas -0,1%, como a Finlândia, a -0,9%, no caso da Costa Rica.
O estudo, nomeado de "Perspectivas do Emprego 2016", leva em consideração os dados dos 35 países membros da organização (a Letônia aderiu ao grupo em junho) e de nove outras economias, como Brasil e China.
Anteriormente, a OCDE estimou, em estudos, que o Brasil haveria de sofrer em 2016 a maior queda de seu PIB ( Produto Interno Bruto) entre as 44 economias analisadas, com recuo de 4,3%, e atribuiu a "recessão profunda", que deve permanecer no país até 2017, ao "contexto de grande incerteza política" e também aos casos de corrupção que abalam e prejudicam a confiança de consumidores e investidores.
A OCDE prevê que a taxa de desemprego no Brasil deverá atingir 11,3% neste ano contra 8,5% em 2015, ou seja, um aumento de 2,8%, segundo os resultados obtidos na mesma pesquisa.
Mesmo com a crise, as taxas de desemprego no Brasil permanecem bem mais baixas do que as que estão previstas neste ano para países como a Grécia (23,9%), Espanha (19,3%) ou a África do Sul, onde o índice estimado é de 26,5%.
Recuperação?
Estudos afirmam que a situação do mercado de trabalho continua melhorando nos países da OCDE depois da crise internacional dos últimos anos, porém de maneira lenta em inúmeros países que integram a organização.
Tal acontecimento se deve, de acordo com a organização, ao fato de que a economia mundial permanece "colada em um crescimento tímido caracterizado por um baixo nível de investimento, ganhos anêmicos de produtividade e poucas criações de empregos, além de uma estagnação dos salários".
Os salários, no entanto, não acompanham a evolução dos níveis de emprego,onde muitos casos os ganhos são, em média, pelo menos 5% inferiores aos patamares que deveriam ter atingido se o crescimento econômico dos anos 2000 a 2007 tivesse se mantido.
O estudo também prevê que a taxa de emprego nos países da OCDE deverá, em 2017, voltar ao nível registrado antes da crise financeira mundial. A OCDE estima que o problema será absorvido totalmente em 2017 e voltará aos níveis registrados antes da crise financeira.
O documento também destaca o caso dos jovens com baixíssima qualificação que saíram do sistema escolar e do mercado de trabalho e que correm o risco de "serem definitivamente deixados de lado" na sociedade, já que, a taxa de extinção de empregos vêm aumentando cada vez mais, graças a mecanização da produção e a substituição da mão de obra humana por máquinas.
No ano passado, 15% dos jovens de 15 a 29 anos se encaixavam-se na categoria de desempregados nos países da OCDE, o que representa um leve aumento em relação aos níveis que existiam em 2007, antes da crise mundial.
Segundo a OCDE, há urgência em colocar em ação políticas nacionais e internacionais para estimular o crescimento e colocá-lo em uma trajetória durável.
Por: Larissa Lopes

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