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quinta-feira, 7 de julho de 2016

A história dos negros no Brasil


Pode-se dizer que alguém que não conhece a história de seu próprio país não possui identidade.
Sabemos que a população negra faz parte da história do Brasil, ainda assim, muitos brasileiros desconhecem ou sabem pouco de sua história, então por que não descobrir um pouco mais sobre a trajetória deles e entender a importância que o movimento negro tem para o mundo?


A chegada dos negros no Brasil

 Não existem registros precisos da chegada dos primeiros escravos negros no Brasil, a mais aceita é a de que Jorge Lopes Bixorda, um arrendatário de pau brasil, teria traficado para a Bahia, em 1838, os primeiros escravos africanos.
Desde então o tráfico se tornou constante. Tribos africanas chegavam a incentivar brigas entre as tribos, para que tivessem prisioneiros de guerra para vender para o tráfico do Atlântico.
Os escravos eram trazidos em navios enormes, em condições miseráveis, semelhantes a aquelas que teriam quando chegassem em terras brasileiras

      Fim do tráfico...Continuação da escravidão

Somente em 1850, foi extinto o tráfico negreiro, que ocorreu graças a forte pressão da Inglaterra para que o Brasil acabasse de vez com o mesmo. No entanto, não se engane. O fim do tráfico, não simbolizou para os negros, o fim da escravidão. Mesmo com o decreto que dava fim ao tráfico, os negros que já haviam sido escravizados e que já viviam no Brasil, não receberam liberdade. O decreto apenas tornava ilegal que novos negros fossem trazidos para nosso país, mas não libertava os negros já escravizados. Após esse ocorrido, foram criadas algumas leis que "favoreciam" os escravos, como a "lei dos sexagenários", que libertava escravos com mais de 60 anos de idade e a "lei do ventre livre", que libertava filhos de escravos nascido após a data em que a lei foi aprovada (28 de setembro, de 1871)

         Abolição da escravidão sem inclusão social?


A abolição total da escravatura no Brasil, só aconteceu em 1888, com a Lei Áurea, decretada pela
princesa Isabel. No entanto, o decreto de tal lei, foi uma atitude que não foi devidamente ponderada, pois se fosse executada da maneira correta promoveria a inclusão social dos negros, mas não foi isso que aconteceu. O estado brasileiro não ofereceu as devidas oportunidades para que houvesse essa integração dos negros no mercado de trabalho. Além disso, a escravidão teoricamente tinha acabado, mas o preconceito da elite com a população negra persistia. Os membros da elite recusavam-se a contratar negros, dando sempre preferência à mão-de-obra europeia, por isso houve grande dificuldade para a população negra, tratando-se de sobreviver e integrar-se. No entanto, com todos os obstáculos, sabemos que os negros foram fortíssimos por todos esses anos e resistiram.
Graças a essa resistência e persistência, foi possível que fossem criados movimentos como o Movimento Negro Unificado (MNU), criado em 1978, que até hoje reúne o povo com sangue africano nas veias e luta contra as manifestações preconceituosas e discriminatórias 

A queda da monarquia

Graças a Abolição o movimento Republicano se fortaleceu e, finalmente, em 15 de novembro de 1889, um grupo de militantes do exército brasileiro, liderado por Marechal Deodoro da Fonseca deu um golpe de estado e depôs o imperador D. Pedro II.

Frente negra brasileira

Em 1931, foi fundada a Frente Negra Brasileira (FBN) que, em 1936 foi reconhecida como um partido político que pretendia combater o racismo no país, porém, em 1937, o decreto assinado por Getúlio Vargas, que ilegalizava todos os partidos políticos, acabou ocasionando a sua extinção.
Fundação Palmares
Em 22 de agosto de 1988, o Governo Federal fundou a primeira instituição pública voltada para a promoção e a preservação da cultura afro-brasileira: a Fundação Cultural Palmares, entidade vinculada ao Ministério da Cultura (MinC). É referência na promoção, fomento e preservação das manifestações culturais negras e no apoio e difusão da Lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino da História da África e afro-brasileira nas escolas. 

Marcha Zumbi

Em 1995, ocorreu a primeira marcha zumbi no Brasil, que reuniu cerca de 30 mil pessoas. Negros e Brancos, todos marchando juntos a favor da igualdade, lutando contra o racismo. O ato marcou os 300 anos do assassinato de Zumbi, principal liderança do Quilombo dos Palmares.

O mito da democracia racial

Através da simples análise desses fatos, é possível perceber o motivo pelo qual o racismo se fez presente em nossa sociedade e pelo qual ele se enraizou de tal forma, que não nos abandonou até hoje.
Aqueles que acreditam que não existe no Racismo no Brasil, está totalmente enganado. O racismo existe sim, e está escondido em diversas ações nossas, mesmo que não percebamos, pois já estamos acostumados com isso. São poucos aqueles, que se assumes racistas, e decidem mudar.

  
É também pela análise desses fatos, que podemos perceber a importância e  a necessidade de que acabemos com o racismo, que paremos de associar a figura do negro sempre como inferior a figura do branco, que paremos de relacionar o negro a acontecimentos ruins e o branco a bons acontecimentos, pois são nessas atitudes que o racismo se revela, horas timidamente( ao lançar um olhar arrogante a um negro), horas de maneira explícita( ao mudar de lado ao andar em uma calçada, simplesmente por ter avistado um negro). O racismo foi implantado em nossas mentes, a partir do momento que nos foi ensinado a temer o preto descalço na rua, a temer o preto que pede dinheiro no sinal, a temer o preto no ponto de ônibus e até mesmo, temer o preto bem vestido no shopping, pelo simples fato de ser um preto. Se deixamos que nossas mentes fizessem tal tipo de associação, ninguém melhor do que nós para livrar nossas mentes dessa espécie de caverna que nos mantêm presos à ignorância incessante.


Por: Larissa Oliveira e Letícia da Hora




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