Oi, pessoal! Bem, hoje iremos tratar de um assunto muito sério e que está presente na sociedade desde SEMPRE e vem se intensificando a cada dia. Estamos falando do feminicídio, um problema que vai muito além de mero desrespeito e ultrapassa qualquer expectativa. Como todos sabemos, o tema não tem sido tratado com a devida importância, portanto, aqui, iremos discuti-lo com o devido merecimento.
Antes de começarmos de fato, vamos entender algumas palavrinhas:
Misoginia: é o ódio, desprezo ou repulsa ao gênero feminino e às características a ele associadas (mulheres ou meninas);
Machismo: é o conceito que se baseia na supervalorização das características físicas e culturais associadas com o sexo masculino, em detrimento daquelas associadas ao sexo feminino, pela crença de que o homem é superior à mulher;
Homicídio: ato de matar um ser humano;
Patriarcado: conjunto de relações que tem a base material e no qual há relações hierárquicas entre homens, que possibilitam o controle sobre as mulheres. É o sistema masculino de OPRESSÃO das mulheres.
Feminicídio: é algo que vai além da misoginia, criando um clima de terror que gera a perseguição e morte da mulher a partir de agressões físicas e psicológicas dos mais variados tipos, como abuso físico e verbal, estupro, tortura, escravidão sexual, espancamentos, assédio, mutilação genital e cirurgias ginecológicas desnecessária, proibição do aborto e da contracepção, cirurgias cosméticas, negação da alimentação, maternidade e esterilização forçadas.
Bem, agora que já fizemos uma breve explicação dessas palavras, podemos começar.
Um pouco de história
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| Diana Russel |
O conceito de femicídio foi utilizado pela primeira vez por Diana Russel em 1976, perante o
Tribunal Internacional Sobre Crimes Contra as Mulheres, em Bruxelas, para caracterizar o
assassinato de mulheres pelo fato de serem mulheres. A reunião durou cerca de quatro dias, mulheres individuais de diferentes países testemunharam as suas experiências pessoais de várias as formas de violência e opressão por causa de seu gênero, foi assistido por 2.000 mulheres de 40 países. Posteriormente, Diana Russel, na companhia de Jill Radford escreveu o livro ''Femicide: the politics of woman killing'' que se tornou uma das principais referências para os estudiosos do tema.
Feminicídio no Brasil

Imaginamos que você já saiba que o índice de violência contra mulher no Brasil é altíssimo, porém, dificilmente você vai ser uma das pessoas que tem conhecimento da vergonhosa 5ª posição do país em um ranking do qual participaram 83 países. A pesquisa revelou que o Brasil foi o quinto país com o maior índice de homicídios femininos, segundo o Mapa da Violência 2015 (Cebela/Flacso).
Em 2015, o Mapa da Violência sobre homicídios entre o público feminino revelou que, de 2003 a 2013, o número de assassinatos de mulheres negras cresceu 54%, passando de 1,864 pa 2.875.
Somente em 2013, foram registrados 4.762 assassinatos de mulheres registrados no Brasil - ou seja, aproximadamente 13 homicídios femininos por dia, ou se preferir, uma mulher a cada 90 minutos.
O número somente vem aumentando- de 2003 a 2013, o número de vítimas do sexo feminino saltou de 3.937 para 4.762, ou seja, cresciento de mais de 21% em uma década.
Tipos de Feminicídio
O feminicídio se divide em 3 (três) espaços - ou fatores/tipos.
O primeiro deles é o Feminicídio íntimo, onde ocorrem os crimes cometidos por aqueles com os quais a vítima possui ou possuiu um vínculo afetivo - amoroso ou familiar.

O segundo deles é o Feminicídio não íntimo, são aqueles cometidos por homens com os quais a vítima não tinha relações íntimas, familiares ou de convivência, mas com os quais havia uma relação de confiança, hierarquia ou amizade, tais como amigos ou colegas de trabalho, trabalhadores da saúde, empregadores.
Já o terceiro é o Feminicídio por conexão, onde as mulheres foram assassinadas porque se encontravam próximo de um homem que tentava matar outra mulher, ou seja, são casos em que as mulheres tentam intervir para impedir um crime contra outra mulher e acabam morrendo.
Não é crime passional, é feminicídio!
Frequentemente assistimos na TV os mais variados tipos de homicídio, dentre eles, percebemos que vários têm como vítima as mulheres. Porém, os assassinos alegam ter, na maioria das vezes, uma boa desculpa: mataram por amor. Separamos um dos casos que nos chamou a atenção, principalmente por conta da brutalidade do homem. Vejamos:
"Açougueiro esfaqueia e mata mulher na frente dos filho e depois tenta se matar"
É uma vergonha para a sociedade brasileira ter o país com tais resultados, violência extrema e tamanho desrespeito. A violência contra a mulher deve ser extinta, não só no Brasil (que discursa tanto sobre igualdade), mas em todo mundo. É inaceitável que atos como os citados nessa matéria ocorram com tanta frequência. É necessário enxergar a imagem feminina como pessoa e não como ser inferior, objeto ou submissa.
Por: Leticia Martins e Larissa Lopes
Fontes: Nações Unidas |Dicionário Informal | R7 | Patricia Galvão | Wikipedia



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